sexta-feira, 11 de junho de 2010


O voo do moscardo

Mozart, concerto para fagote

Stravinsky, Sagração da Primavera

Fagote

O fagote é um instrumento de palheta dupla batente e tubo cónico.
Desmonta-se em cinco partes e a palheta não entra directamente no corpo do instrumento, mas sim num tubo metálico estreito em forma de S: o tudel.
É constituído por dois tubos justapostos ligados na base por uma secção do tubo em forma de U, sendo o comprimento total das duas partes de aproximadamente 2,40 m (sem tudel).O instrumento segura-se numa posição ligeiramente oblíqua, preso por um cordão que passa pelo pescoço e por baixo do braço direito.
O fagote é um instrumento não transpositor e a sua música é escrita na clave de Fá na quarta linha. A sua extensão é de Si0 a Mib4. A afinação é regulada pelo tudel. Existem duas escolas de construção do fagote: a francesa e a alemã, sendo esta última a mais usada na América e na Europa.
É construído em madeira e possui chaves de metal.

História
O fagote deriva de um instrumento anteriormente existente: o baixão, que já apresentava o tubo dobrado em dois mas era feito numa só peça de madeira.
Esta transformação deu-se no Séc XVII em França. Inicialmente tinha apenas três chaves passando para quinze no Séc XIX. Ainda no Séc XIX Adolphe Sax, o inventor do saxofone, apresentou um modelo feito em metal e com vinte e três chaves. É também nesse século que se estabelece o modelo standard do fagote.

Cotrafagote

O contrafote é normalmente feito de metal, ou de madeira e metal, tendo o seu tubo o dobro do comprimento do tubo do fagote (aproximadamente 4,80 m). Assim, produz sons uma oitava abaixo do fagote, sendo o instrumento mais grave da orquestra. Tem uma extensão de Sib a Sib2, e a música para ele escreveu-se uma oitava acima do som real.
Devido ao seu tamanho e peso, o contrafagote assenta no chão através de um espigão.
As dedilhações são diferentes das do fagote, devido sobretudo á existência de duas chaves de oitava.
A primeira referência a um contrafagote teve origem no séc. XVII, e entre 1870 e 1880 foi criado um contrafagote igual ao que se utiliza actualmente.

Reportório

Georg Friedrich Haendel, Sonata para oboé, Fagote e Baixo contínuo, Sonata para Fagote e Cravo.

Wolfgang Amadeus Mozart, Serenade, Sonata K.292 para Violoncelo e Fagote.

Carl Stamitz, 4 concertos

Camille Saint-Saens, Sonata em Sol M. op 168

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Clarinete

O Clarinete é um instrumento de sopros da família das madeiras que tem geralmente cinco partes: a boquilha (onde se situa a palheta), o barrinete (serve para estabelecer a afinação.Se o clarinete está alto, puxa-se o barrilete para cima e vice-versa), duas partes internas (onde se encontram as chaves) e finalmente o pavilhão ou a campânula (que permite “amplificar”). É na boquilha onde o instrumentista põe a boca para tocar, usando-se uma palheta feita de cana que vibra se o ar passar.
O instrumento é feito de madeira de Ébano.

O Clarinete mais utilizado é o soprano, desse modelo fazem-se dois tamanhos, um em sib e outro maior em lá podendo tocar quase 4 oitavas sendo um instrumento transpositor que vai Ré2 a Sib (modelo em Sib). Das duas tonalidades utilizadas uma é mais usada que a outra (em Sib).
Na Orquestra o Clarinete tem varias funções como tocar muito pianíssimo ou muito fortíssimo, assim como tocar partes melódicas ou preencher a harmonia. O instrumento mais utilizado é em Sib devido às transposições mais fáceis, são feitas muitas vezes há vista. Há casos em que o clarinete sib não se adequa à obra tendo assim de utilizar clarinete em Lá. Ainda existem peças para clarinete em Dó, apesar de este quase não existir.
Existem outros clarinetes : a Requinta (mais pequena e mais aguda), o Cor de Basset,
o Clarinete alto, o Clarinete baixo e o Clarinete contrabaixo (estes maiores e mais graves).




História
O clarinete é um instrumento que descende do chalumeau, mas pensa-se que a sua invenção se deve a Johann Christian Denner em Nuremberga por volta de 1700 ou 1707.Ainda com duas chaves surge em 1720 um clarinete mais aperfeiçoado com um pavilhão semelhante ao do oboé.
Em seguida o clarinete passou a ser construído em três secções para facilitar a execução em diferentes tonalidades.
Sobre a introdução do clarinete em Portugal, pensa-se que terá sido no ano de 1774.
O número de chaves do clarinete vai aumentando progressivamente no período clássico, elevando-se a cinco. A campânula torna-se mais alongada e o instrumento passa a ter uma extensão e uma qualidade sonora maiores. É para este clarinete que Mozart escreve o seu Concerto em Lá M e o Quinteto com clarinete.
Inicialmente em Dó, o clarinete vai sendo também construído noutras tonalidades. No fim do Séc. XVIII encontra-se clarinetes em Dó e em Sib (para as tonalidades com bemóis) e em Lá, Si e Ré (para as tonalidades com sustenidos). Após o período clássico o número de chaves do clarinete aumenta e a boquilha adquire outra configuração. Em 1812 é apresentado o clarinete em Sib com treze chaves, ao qual é acrescentado mais tarde o barrilete que facilita a afinação. Apesar do grande êxito do clarinete com o sistema de chaves Boehm nalguns países são preferidos outros tipos de clarinetes: na Áustria, na Holanda, na Rússia e na Alemanha domina a escola alemã, que se opõe á francesa onde predomina o sistema Boehm.

Reportório:
- Quinteto com clarinete de Mozart
- Concerto em lá maior de Mozart
- Concertos para clarinete de Weber
- Concerto para clarinete de Carl Nielsen
- Rapsódia de Claude Debussy

Concerto para clarinete em Lá M de Mozart.


Concerto para clarinete nº2 em Fá m de Weber´


Rapsódia para clarinete e piano de Debussy

sexta-feira, 12 de março de 2010


Vivaldi, Concerto em Fá para Oboé e Orquestra



Mozart, Concerto para Oboé e Orquestra KV314




Britten, 6 metamorphoses after Ovid, Bacchus



Dvorák, Sinfonia do Novo Mundo

Oboé e Corne Inglês

O Oboé é um instrumento de sopro de madeira com palheta dupla feita pelo próprio instrumentista que pega numa tira de cana, dobra-a, prende-a ao tudel com uma fita, faz um pequeno orifício e por fim desbasta a parte de cima de ambos os lados. Este instrumento é feito de madeira (de ébano ou jacarandá) e tem um formato de um cone, mas também tem partes de metal, as chaves, que permitem abrir e fechar os orifícios, mudando as notas. O oboé tem um tubo de 57cm e tem uma extensão de duas oitavas e uma sexta, de Sib2 a Sol5.



O Oboé tem uma técnica de respiração bastante difícil, uma vez que tem de se controlar muito bem a pressão do diafragma, do ar e dos lábios. Para se poder tocar, encaixa-se a palheta na parte de cima do instrumento e a outra extremidade da palheta entre os lábios, retraindo-os para dentro da boca sem tocar nos dentes.




História

Os instrumentos de palheta dupla são mais antigos e são mais conhecidos que os de palheta simples. Já se encontram instrumentos desse tipo aproximadamente há c.4800 anos, em locais como o Egipto, Israel, Grécia e Roma e eram constituídos por dois tubos.
No século XII instrumentos deste tipo provenientes da Ásia vieram para a Europa, tendo a particularidade de possuir um disco de metal onde o instrumentista apoia os lábios, deixando a palheta totalmente dentro da boca. Até ao século XVII as charamelas, como estes instrumentos eram chamados na época, tornaram-se os principais instrumentos de palheta dupla apesar do seu som estridente e ensurdecedor. A charamela transformou-se em oboé no século XVII tendo sido tocado em 1657 na obra L`Amour Malade de Lully.
O oboé foi um dos primeiros instrumentos de sopro a ser introduzido nas orquestras.
Ao longo do tempo, a forma do oboé foi mudando e no século XVIII ficou convencionada a posição das mãos: a mão esquerda em cima e a mão direita em baixo.
No século XIX foram aplicadas chaves de metal no oboé e nos restantes instrumentos de sopro (madeiras) o que permitiu que os instrumentos tocassem a escala cromática.
Ainda hoje, existem vários tipos de oboé com vários modelos de chaves, nomeadamente os modelos usados em França e na Alemanha.


Corne Inglês

É um instrumento idêntico ao oboé, mas maior cerca de um metro de comprimento, tem um pavilhão periforme (peri = pêra, forme = forma), o tudel é curvo e maior e é um instrumento transpositor (está na tonalidade de Fá). Tem uma extensão de Mi2 a Dó5 sendo mais grave do que o oboé. Devido ao seu peso e tamanho, há músicos que usam uma fita no pescoço para segurar o instrumento.

Reportório Oboé
Tomaso Albinoni, Concertos Op. 7 e Op. 9 para dois Oboés
Johann Sebastian Bach, Concerto para Oboé, Violino e Orquestra
Antonio Vivaldi, 11 Concertos
W.A. Mozart, Concerto Divertimento K. 251 para dois Oboés e Orquestra
Robert schumann, 3 Romances Op. 94
Richard Strauss, Concerto
Britten, 6 Metamorphoses after Ovid.

Reportório Corne Inglês
Hector Berlioz, Sinfonia Fantástica
Antonin Dvorák, Sinfonia do Novo Mundo
Gustav Mahler, A Canção da Terra
Igor Stravinsky, A Sagração da Primavera

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Viola de arco

À viola de arco também se pode chamar violeta. Este instrumento é da mesma família do violino, instrumentos de cordas friccionadas. O seu formato é igual ao do violino, mas o seu tamanho está entre o do violino e o do violoncelo. O seu timbre é mais grave do que o do violino e mais agudo do que o do violoncelo. É constituída por 4 cordas afinadas por quintas (dó2, sol2, ré3 e lá3) e utiliza a clave de Dó na terceira linha, de forma a não utilizar tantas linhas suplementares tanto na clave de sol como na clave de fá. A forma de tocar é igual à do violino e a técnica é semelhante. A extensão do seu som é de quase 3 oitavas, do dó2 ao si4. O seu arco é ligeiramente mais pesado e maior. Habitualmente a viola é tocada com o arco mas também se pode utilizar a técnica do pizzicato. A viola é mais utilizada na música clássica, principalmente nas orquestras sinfónicas e nos quartetos de cordas, mas também pode ser utilizada em música de câmara, assim como na música popular, como o jazz e o rock.
Pode tocar-se viola com as seguintes técnicas:
Pizzicato: Em vez do arco utilizam-se os dedos para beliscar a corda.
Col Legno: Segura-se o arco de lado de forma a que a madeira roce nas cordas dando um som que se assemelha com o ranger.
Vibrato: É uma flutuação mínima da afinação. Pode ser feito através de pequenos movimentos do dedo que pressiona a corda, do punho ou do braço que faz movimentar o arco.
Corda dupla: Toca-se ao mesmo tempo duas, três ou quatro notas, friccionando duas, três ou quatro cordas em simultâneo.
Harmónicos: São produzidos por um pequeno toque com a ponta do dedo na corda, ouvindo-se os harmónicos agudos de determinada nota.
Glissando: Fazendo deslizar o dedo sobre a corda ouvem-se rapidamente todos os sons entre duas notas escolhidas.
Sul Ponticello: O instrumentista deve passar o arco o mais próximo possível do cavalete produzindo um som mais estridente.
Sul Tasto: O instrumentista deve passar o arco o mais perto possível do espelho produzindo um som mais suave.

História
No início do século XVII a viola era chamada de violino e o violino regular era chamado de violino piccolo, e durante o século XVIII era chamada violeta enquanto que o nome viola era aplicado à viola da gamba.
A viola mais antiga que se conhece foi construída por Andrea Amati e é maior do que a actual. Também se construíram violas com o tamanho maior do que o actual, sendo utilizado o nome de tenor (afinado uma oitava abaixo do violino) que desapareceram no século XVIII.
Ao longo do tempo, vários construtores tentaram construir uma viola com um melhor equilíbrio sonoro regulando o tamanho do braço e da caixa.
Durante muito tempo, o papel da viola era muito reduzido até que J.S.Bach e Haendel escreveram obras com partes mais importantes para a viola. Até 1770 a viola não tinha o papel de solista, tendo sido importante o compositor, violinista e violetista Carl Stamitz.
Nos quartetos de cordas de Haydn e Mozart a viola já aparece com um grande desenvolvimento técnico com uma parte mais complexa. Só nos séculos XIX e XX é que aparecem mais compositores interessados neste instrumento.






Repertório
Sexto concerto Brandeburguês (J.S.Bach)
Concerto para viola (Stamitz)
Sinfonia concertante, para violino, viola e orquestra (Mozart)
Trio para viola, clarinete e piano (Mozart)
Duo para viola e violoncelo (Beethoven)
Haroldo em Itália (Berlioz)
Concerto para viola (Bártok)
Sonata para piano e viola,op.147 (Shostakovich)
Concerto para viola (Walton)


Concerto para viola de B. Bártok


Haroldo em Itália
de H. Berlioz


Sinfonia concertante para violino, viola e orquestra de W. A. Mozart

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


Concerto para violoncelo e orquestra de Dvorák




Preludio Suite nº1 de J.S.Bach



Concerto nº2 para violoncelo e orquestra de Haydn

O Violoncelo

O violoncelo é um instrumento de cordas friccionadas e a sua afinação é por quintas e não por quartas como no Contrabaixo. Tem 4 cordas afinadas com as notas: Do1, Sol1, Re2, La2. Geralmente é tocado com o arco, podendo também tocar a técnica de pizzicato. Tal como no contrabaixo, a música escrita para violoncelo está na clave de Fá
na quarta linha. A sua extensão vai das notas Dó1 a Sol4.
Pertence á família dos violinos, mas apresenta algumas diferenças: altura das ilhargas e do cavalete maior; a curvatura do cavalete é diferente; o braço é mais curto. As suas características gerais foram estabelecidas por Stradivarius em 1680.
O violoncelo começou a ser tratado como solista e não como reforço dos baixos quando Boccherini escreveu Os Concertos Espirituais. Devido ao seu tamanho tem de ser apoiado no chão (por um espigão). O musico deve tocar sentado e com as pernas afastadas e com o braço do violoncelo apoiado no ombro.

História

Segundo alguns autores, o violoncelo surgiu para colmatar a necessidade de ter um instrumento com notas graves para tocar nas procissões. Desta forma, encontramos violoncelos com orifícios nas costas por onde passavam cordas de forma a segurar o violoncelo ao pescoço do músico que assim ficava com as duas mãos livres para tocar. Alguns dos mais antigos violoncelos que se conhece foram construídos por Andrea Amati. Ao longo do tempo, o violoncelo teve diversas designações. Devido ao seu som demasiado potente para a época, só muito tarde é que veio a ser aceite. No século XVIII em França Hubert Le Blanc chegou a chamar ao violoncelo “pobre diabo” e “miserável cancro”. Durante o século XVIII construíram-se vários tipos de violoncelos tanto de tamanho maior como mais pequeno. No século XIX Servais inventou o espigão que permite apoiar o violoncelo no chão. O uso do violoncelo como solista só foi aceite em meados do século XIX.
Uma das melhores violoncelistas Portuguesas foi Guilhermina Suggia que defendeu e demonstrou as capacidades do violoncelo.

Repertório

No século XVII é que aparece um número significativo de obras para violoncelo. Vivaldi escreveu Concertos e Sonatas para violoncelo. J.S.Bach compôs 6 Suites.
Já no século XVIII Haydn escreveu vários Concertos para violoncelo. No século XIX verifica-se um grande aumento no número de peças escritas para violoncelo. Beethoven escreveu Triplo Concerto (para piano, violino e violoncelo) e várias Sonatas; Schumann escreveu um Concerto; Brahms escreveu Sonatas e Duplo Concerto (para violino e violoncelo); Debussy escreveu uma Sonata.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O contrabaixo

O contrabaixo é um instrumento de cordas friccionadas mas também pode ser tocado com os dedos – pizzicato. Geralmente tem quatro cordas com a afinação mi, lá, ré, sol, mas também pode ter cinco cordas, sendo a quinta corda a mais grave: dó.
É o instrumento mais grave e maior da família das cordas friccionadas.
Diz-se com frequência que o contrabaixo é da família do violino, no entanto, as diferenças são bem visíveis: as costas são mais planas; o ângulo entre a caixa e o braço é muito acentuado; as cordas são afinadas por quartas e não por quintas; em vez de ter cravelhas tem uma espécie de parafuso sem-fim; a posição para pegar no arco pode ser diferente, com a palma da mão virada para fora, uma vez que há dois tipos de arco mais utilizados: o arco francês que é semelhante ao do violino e o arco Simandl que é para usar de palma da mão virada para a frente.
As cordas são normalmente feitas de tripa sendo as duas mais graves revestidas de cobre.
O executante toca de pé ou apoiado num banco alto. A música para o contrabaixo é escrita em clave de Fá, uma oitava acima do som real.
Na actualidade existem vários tipos de contrabaixo com dimensões diferentes:
- O alemão com uma caixa de 1,22m de comprimento
- O italiano com uma caixa de 1,17m de comprimento
- O francês com uma caixa de 1,14m de comprimento


A história

O contrabaixo apareceu no século XVI e tendo derivado do Violone, o instrumento mais grave da família das Violas da gamba. No século XVI aparecem quadros com a representação do contrabaixo. Inicialmente os contrabaixos eram maiores (também há mais pequenos) que os actuais.
No século XVII desenvolveram-se dois tipos de contrabaixos: o italiano, mais parecido com o violino, e o alemão, mais semelhante à viola da gamba que até ao século XVIII tem cinco ou seis cordas.
A partir do século XVIII o contrabaixo passa a ter quatro cordas. No século XIX aparecem também contrabaixos com três cordas.

Curiosidades:

Ao longo do tempo foram construídos contrabaixos com diversas dimensões, os subcontrabaixos.
Em 1600 Hans Haiden construiu um subcontrabaixo com um pequeno teclado.
Gasparo de Salò construiu um contrabaixo com 1,73m de caixa.
Em 1829 foi construído em Viena um subcontrabaixo com 7 cordas friccionadas mecanicamente.
Em 1849 Vuillaume, em Paris, construiu o octobasse com 4,00m de comprimento.
Em 1889 nos Estados Unidos, John Geyer construiu um contrabaixo com 4,50m de comprimento.



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O violino

O violino é um cordofone de cordas friccionadas. Tem quatro cordas (que são feitas de metal), que correspondem ás notas sol, ré, lá, mi.
Para friccionar as cordas é necessário um arco. O arco é constituído por uma parte de madeira e por uma parte feita a partir de cerdas de crina de cavalo ou eventualmente de um material sintético. Também pode ser tocado com os dedos (a essa técnica dá-se o nome de pizzicato). É o instrumento mais agudo da família das cordas friccionadas e o instrumento mais importante na Orquestra Sinfónica.



O violino é constituído por uma caixa de ressonância, que permite amplificar o som produzido pelas cordas que estão presas no estandarte e assentes no cavalete e esticadas ao longo do braço. Para afinar o violino é necessário esticar ou encurtar as cordas por acção das cravelhas e por pequenos parafusos situados no estandarte – o afinador. O cravelhame termina com a voluta (forma escultórica). No tampo da caixa de ressonância existem duas aberturas em forma de “F” que permitem o contacto entre o ar que vibra no interior e o ar exterior. A barra e a alma são dois elementos importantes para a robustez do tampo e para a afinação e sonoridade do próprio violino. O cavalete encontra-se na parte exterior do tampo entre os dois ”ff”. É um elemento importante para a sonoridade e para a execução. Para facilitar a execução existe ainda outra peça: a mentonniére que permite que o executante prenda o violino entre o ombro e o queixo.


A historia do violino
Não se sabe ao certo quando terá surgido o violino, mas poderá ter surgido no século XVI. Por volta dessa altura havia outros instrumentos de cordas friccionadas com particularidades semelhantes às do violino: a Rabeca, a Viela Renascentista e a Lira da Braccio.
A representação do violino no seu estado primitivo é atribuída a Gaudenzio Ferrari (1480- 1546), bem como o processo de evolução deste instrumento. Crê-se que em 1530 já existiria o violino. Já no século XVI é fundada uma das mais importantes escolas de Luthiers: em Cremona com Andrea Amati, responsável mais tarde pela definição da forma clássica. O mais importante dos Luthiers é Antonio Stradivari (1644-1737) que se pensa ter construído mais de mil instrumentos dos quais hoje se conhece cerca de 400 violinos.
O arco inicialmente era convexo e as cerdas estavam mais afastadas do arco que actualmente. Hoje em dia o arco é côncavo e este aperfeiçoamento deve-se a François Tourte em 1780, a quem se deve também a estandardização do tamanho do arco.






Reportório:
Século XVIII
- O trilo do diabo -Tartini
- 5 concertos para violino de Mozart
- Concerto para violino em Ré Maior -Beethoven
Século XIX
- 3 sonatas para violino e piano de Schubert
- 3 sonatas para violino e piano de Brahms
- Sonatina em Sol Maior Op.100– Dvorák
Século XX
- 2 sonatas para violino e piano de Bela Bartók
- 2 concertos para violino e orquestra de Prokofiev
- Fantasia para violino e piano – Schoenberg

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Concerto para violino em Ré Maior -Beethoven


Sonata para violino e piano, nº 3 de Bhrams


Concerto para violino e orquestra Op.9 de Prokofiev