sexta-feira, 28 de maio de 2010

Clarinete

O Clarinete é um instrumento de sopros da família das madeiras que tem geralmente cinco partes: a boquilha (onde se situa a palheta), o barrinete (serve para estabelecer a afinação.Se o clarinete está alto, puxa-se o barrilete para cima e vice-versa), duas partes internas (onde se encontram as chaves) e finalmente o pavilhão ou a campânula (que permite “amplificar”). É na boquilha onde o instrumentista põe a boca para tocar, usando-se uma palheta feita de cana que vibra se o ar passar.
O instrumento é feito de madeira de Ébano.

O Clarinete mais utilizado é o soprano, desse modelo fazem-se dois tamanhos, um em sib e outro maior em lá podendo tocar quase 4 oitavas sendo um instrumento transpositor que vai Ré2 a Sib (modelo em Sib). Das duas tonalidades utilizadas uma é mais usada que a outra (em Sib).
Na Orquestra o Clarinete tem varias funções como tocar muito pianíssimo ou muito fortíssimo, assim como tocar partes melódicas ou preencher a harmonia. O instrumento mais utilizado é em Sib devido às transposições mais fáceis, são feitas muitas vezes há vista. Há casos em que o clarinete sib não se adequa à obra tendo assim de utilizar clarinete em Lá. Ainda existem peças para clarinete em Dó, apesar de este quase não existir.
Existem outros clarinetes : a Requinta (mais pequena e mais aguda), o Cor de Basset,
o Clarinete alto, o Clarinete baixo e o Clarinete contrabaixo (estes maiores e mais graves).




História
O clarinete é um instrumento que descende do chalumeau, mas pensa-se que a sua invenção se deve a Johann Christian Denner em Nuremberga por volta de 1700 ou 1707.Ainda com duas chaves surge em 1720 um clarinete mais aperfeiçoado com um pavilhão semelhante ao do oboé.
Em seguida o clarinete passou a ser construído em três secções para facilitar a execução em diferentes tonalidades.
Sobre a introdução do clarinete em Portugal, pensa-se que terá sido no ano de 1774.
O número de chaves do clarinete vai aumentando progressivamente no período clássico, elevando-se a cinco. A campânula torna-se mais alongada e o instrumento passa a ter uma extensão e uma qualidade sonora maiores. É para este clarinete que Mozart escreve o seu Concerto em Lá M e o Quinteto com clarinete.
Inicialmente em Dó, o clarinete vai sendo também construído noutras tonalidades. No fim do Séc. XVIII encontra-se clarinetes em Dó e em Sib (para as tonalidades com bemóis) e em Lá, Si e Ré (para as tonalidades com sustenidos). Após o período clássico o número de chaves do clarinete aumenta e a boquilha adquire outra configuração. Em 1812 é apresentado o clarinete em Sib com treze chaves, ao qual é acrescentado mais tarde o barrilete que facilita a afinação. Apesar do grande êxito do clarinete com o sistema de chaves Boehm nalguns países são preferidos outros tipos de clarinetes: na Áustria, na Holanda, na Rússia e na Alemanha domina a escola alemã, que se opõe á francesa onde predomina o sistema Boehm.

Reportório:
- Quinteto com clarinete de Mozart
- Concerto em lá maior de Mozart
- Concertos para clarinete de Weber
- Concerto para clarinete de Carl Nielsen
- Rapsódia de Claude Debussy

Concerto para clarinete em Lá M de Mozart.


Concerto para clarinete nº2 em Fá m de Weber´


Rapsódia para clarinete e piano de Debussy