sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O contrabaixo

O contrabaixo é um instrumento de cordas friccionadas mas também pode ser tocado com os dedos – pizzicato. Geralmente tem quatro cordas com a afinação mi, lá, ré, sol, mas também pode ter cinco cordas, sendo a quinta corda a mais grave: dó.
É o instrumento mais grave e maior da família das cordas friccionadas.
Diz-se com frequência que o contrabaixo é da família do violino, no entanto, as diferenças são bem visíveis: as costas são mais planas; o ângulo entre a caixa e o braço é muito acentuado; as cordas são afinadas por quartas e não por quintas; em vez de ter cravelhas tem uma espécie de parafuso sem-fim; a posição para pegar no arco pode ser diferente, com a palma da mão virada para fora, uma vez que há dois tipos de arco mais utilizados: o arco francês que é semelhante ao do violino e o arco Simandl que é para usar de palma da mão virada para a frente.
As cordas são normalmente feitas de tripa sendo as duas mais graves revestidas de cobre.
O executante toca de pé ou apoiado num banco alto. A música para o contrabaixo é escrita em clave de Fá, uma oitava acima do som real.
Na actualidade existem vários tipos de contrabaixo com dimensões diferentes:
- O alemão com uma caixa de 1,22m de comprimento
- O italiano com uma caixa de 1,17m de comprimento
- O francês com uma caixa de 1,14m de comprimento


A história

O contrabaixo apareceu no século XVI e tendo derivado do Violone, o instrumento mais grave da família das Violas da gamba. No século XVI aparecem quadros com a representação do contrabaixo. Inicialmente os contrabaixos eram maiores (também há mais pequenos) que os actuais.
No século XVII desenvolveram-se dois tipos de contrabaixos: o italiano, mais parecido com o violino, e o alemão, mais semelhante à viola da gamba que até ao século XVIII tem cinco ou seis cordas.
A partir do século XVIII o contrabaixo passa a ter quatro cordas. No século XIX aparecem também contrabaixos com três cordas.

Curiosidades:

Ao longo do tempo foram construídos contrabaixos com diversas dimensões, os subcontrabaixos.
Em 1600 Hans Haiden construiu um subcontrabaixo com um pequeno teclado.
Gasparo de Salò construiu um contrabaixo com 1,73m de caixa.
Em 1829 foi construído em Viena um subcontrabaixo com 7 cordas friccionadas mecanicamente.
Em 1849 Vuillaume, em Paris, construiu o octobasse com 4,00m de comprimento.
Em 1889 nos Estados Unidos, John Geyer construiu um contrabaixo com 4,50m de comprimento.



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O violino

O violino é um cordofone de cordas friccionadas. Tem quatro cordas (que são feitas de metal), que correspondem ás notas sol, ré, lá, mi.
Para friccionar as cordas é necessário um arco. O arco é constituído por uma parte de madeira e por uma parte feita a partir de cerdas de crina de cavalo ou eventualmente de um material sintético. Também pode ser tocado com os dedos (a essa técnica dá-se o nome de pizzicato). É o instrumento mais agudo da família das cordas friccionadas e o instrumento mais importante na Orquestra Sinfónica.



O violino é constituído por uma caixa de ressonância, que permite amplificar o som produzido pelas cordas que estão presas no estandarte e assentes no cavalete e esticadas ao longo do braço. Para afinar o violino é necessário esticar ou encurtar as cordas por acção das cravelhas e por pequenos parafusos situados no estandarte – o afinador. O cravelhame termina com a voluta (forma escultórica). No tampo da caixa de ressonância existem duas aberturas em forma de “F” que permitem o contacto entre o ar que vibra no interior e o ar exterior. A barra e a alma são dois elementos importantes para a robustez do tampo e para a afinação e sonoridade do próprio violino. O cavalete encontra-se na parte exterior do tampo entre os dois ”ff”. É um elemento importante para a sonoridade e para a execução. Para facilitar a execução existe ainda outra peça: a mentonniére que permite que o executante prenda o violino entre o ombro e o queixo.


A historia do violino
Não se sabe ao certo quando terá surgido o violino, mas poderá ter surgido no século XVI. Por volta dessa altura havia outros instrumentos de cordas friccionadas com particularidades semelhantes às do violino: a Rabeca, a Viela Renascentista e a Lira da Braccio.
A representação do violino no seu estado primitivo é atribuída a Gaudenzio Ferrari (1480- 1546), bem como o processo de evolução deste instrumento. Crê-se que em 1530 já existiria o violino. Já no século XVI é fundada uma das mais importantes escolas de Luthiers: em Cremona com Andrea Amati, responsável mais tarde pela definição da forma clássica. O mais importante dos Luthiers é Antonio Stradivari (1644-1737) que se pensa ter construído mais de mil instrumentos dos quais hoje se conhece cerca de 400 violinos.
O arco inicialmente era convexo e as cerdas estavam mais afastadas do arco que actualmente. Hoje em dia o arco é côncavo e este aperfeiçoamento deve-se a François Tourte em 1780, a quem se deve também a estandardização do tamanho do arco.






Reportório:
Século XVIII
- O trilo do diabo -Tartini
- 5 concertos para violino de Mozart
- Concerto para violino em Ré Maior -Beethoven
Século XIX
- 3 sonatas para violino e piano de Schubert
- 3 sonatas para violino e piano de Brahms
- Sonatina em Sol Maior Op.100– Dvorák
Século XX
- 2 sonatas para violino e piano de Bela Bartók
- 2 concertos para violino e orquestra de Prokofiev
- Fantasia para violino e piano – Schoenberg

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Concerto para violino em Ré Maior -Beethoven


Sonata para violino e piano, nº 3 de Bhrams


Concerto para violino e orquestra Op.9 de Prokofiev