sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Viola de arco

À viola de arco também se pode chamar violeta. Este instrumento é da mesma família do violino, instrumentos de cordas friccionadas. O seu formato é igual ao do violino, mas o seu tamanho está entre o do violino e o do violoncelo. O seu timbre é mais grave do que o do violino e mais agudo do que o do violoncelo. É constituída por 4 cordas afinadas por quintas (dó2, sol2, ré3 e lá3) e utiliza a clave de Dó na terceira linha, de forma a não utilizar tantas linhas suplementares tanto na clave de sol como na clave de fá. A forma de tocar é igual à do violino e a técnica é semelhante. A extensão do seu som é de quase 3 oitavas, do dó2 ao si4. O seu arco é ligeiramente mais pesado e maior. Habitualmente a viola é tocada com o arco mas também se pode utilizar a técnica do pizzicato. A viola é mais utilizada na música clássica, principalmente nas orquestras sinfónicas e nos quartetos de cordas, mas também pode ser utilizada em música de câmara, assim como na música popular, como o jazz e o rock.
Pode tocar-se viola com as seguintes técnicas:
Pizzicato: Em vez do arco utilizam-se os dedos para beliscar a corda.
Col Legno: Segura-se o arco de lado de forma a que a madeira roce nas cordas dando um som que se assemelha com o ranger.
Vibrato: É uma flutuação mínima da afinação. Pode ser feito através de pequenos movimentos do dedo que pressiona a corda, do punho ou do braço que faz movimentar o arco.
Corda dupla: Toca-se ao mesmo tempo duas, três ou quatro notas, friccionando duas, três ou quatro cordas em simultâneo.
Harmónicos: São produzidos por um pequeno toque com a ponta do dedo na corda, ouvindo-se os harmónicos agudos de determinada nota.
Glissando: Fazendo deslizar o dedo sobre a corda ouvem-se rapidamente todos os sons entre duas notas escolhidas.
Sul Ponticello: O instrumentista deve passar o arco o mais próximo possível do cavalete produzindo um som mais estridente.
Sul Tasto: O instrumentista deve passar o arco o mais perto possível do espelho produzindo um som mais suave.

História
No início do século XVII a viola era chamada de violino e o violino regular era chamado de violino piccolo, e durante o século XVIII era chamada violeta enquanto que o nome viola era aplicado à viola da gamba.
A viola mais antiga que se conhece foi construída por Andrea Amati e é maior do que a actual. Também se construíram violas com o tamanho maior do que o actual, sendo utilizado o nome de tenor (afinado uma oitava abaixo do violino) que desapareceram no século XVIII.
Ao longo do tempo, vários construtores tentaram construir uma viola com um melhor equilíbrio sonoro regulando o tamanho do braço e da caixa.
Durante muito tempo, o papel da viola era muito reduzido até que J.S.Bach e Haendel escreveram obras com partes mais importantes para a viola. Até 1770 a viola não tinha o papel de solista, tendo sido importante o compositor, violinista e violetista Carl Stamitz.
Nos quartetos de cordas de Haydn e Mozart a viola já aparece com um grande desenvolvimento técnico com uma parte mais complexa. Só nos séculos XIX e XX é que aparecem mais compositores interessados neste instrumento.






Repertório
Sexto concerto Brandeburguês (J.S.Bach)
Concerto para viola (Stamitz)
Sinfonia concertante, para violino, viola e orquestra (Mozart)
Trio para viola, clarinete e piano (Mozart)
Duo para viola e violoncelo (Beethoven)
Haroldo em Itália (Berlioz)
Concerto para viola (Bártok)
Sonata para piano e viola,op.147 (Shostakovich)
Concerto para viola (Walton)


Concerto para viola de B. Bártok


Haroldo em Itália
de H. Berlioz


Sinfonia concertante para violino, viola e orquestra de W. A. Mozart